RIO BRANCO - Sindicalistas e estudantes promoveram uma manifestação contra as queimadas na capital, na manhã de ontem (24). Os participantes percorreram as principais ruas da área central, causando congestionamento em vários pontos da cidade. O manifesto contou com a participação de mais de 600 pessoas.
O objetivo do protesto é conscientizar a população dos riscos que as queimadas causam e exigir dos órgãos estaduais e municipais providências para evitar que as queimadas aconteçam durante o período de estiagem, causando danos à saúde da população.
Participaram da manifestação também os sindicatos dos técnicos em enfermagem e dos vigilantes. Os líderes do movimento também aproveitaram a situação para cobrar mais segurança do poder público.
Colégios públicos e particulares participaram do evento. De acordo com a professora do Colégio Acreano, Olga Feitosa, as turmas do 8º ano abraçaram a idéia de manifestar a insatisfação pela péssima qualidade do ar em Rio Branco.
Já a professora Sílvia Costa disse que a possibilidade dos alunos exercerem a cidadania desperta neles um olhar crítico sobre o problema das queimadas.
“Queremos melhores condições para respirar”, gritavam os manifestantes que andavam no centro da cidade com o termômetro marcando 35ºC antes das 10h.
De acordo com presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Marcelo Jucá, os que mais sofrem com o resultado das queimadas são os idosos e as crianças. As doenças respiratórias são as principais causas de atendimento nas unidades de saúde.
Os manifestantes foram até a Assembléia Legislativa, onde um grupo de alunos do Colégio Meta, com o objetivo de tentar fazer valer as leis criadas no parlamento, vai elaborar um projeto de iniciativa popular, visando a conscientização de produtores rurais e a população em geral quanto ao “fogo zero”.
Hoje a Comissão se reúne com as secretarias que gerenciam a crise, para terem informações técnicas sobre as providencias tomadas pelo Executivo para redução da poluição em todo o Estado do Acre.
Bombeiros se esforçam para evitar tragédias
Mesmo sem a estrutura necessária para combater grandes incêndios, o Corpo de Bombeiros do Acre se mobiliza para tentar atender a todos os chamados recebidos pelo 193.
O Corpo de Bombeiros atua em cinco frentes de combate a incêndios, que atuam em ramais e no interior. Atualmente, seis locais estão sob intenso combate aos focos de calor.
Para agravar a situação, não há previsão de chuva para os próximos dias. O solo muito seco e o vento acabam fazendo com que o fogo se espalhe muito mais rápido.
Até agora, já foram contabilizadas mais de 1.450 ocorrências de focos de calor neste ano. De acordo com o Sargento Tomaz, só durante a tarde de ontem (24) foram registradas 10 ocorrências.
Com uma estrutura ainda modesta, os homens do Corpo de Bombeiros fazem o que podem para combater os incêndios. A falta de hidrantes é um problema na cidade de Rio Branco.
“Hoje, nós estamos controlando todos os focos de calor desenvolvendo a Operação Linha Fria. Nos municípios que não têm representação dos Bombeiros serão enviados dois ou três homens para treinar uma equipe para realizar o trabalho efetivo em caso de necessidade”, afirma o coronel Pires.
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